História

 

A Freguesia de Midões está situada no limite nordeste do concelho de Tábua, distrito de Coimbra, junto à margem esquerda do rio Mondego, tem aproximadamente 1800 habitantes e como actividades económicas principais destacam-se a agro-pecuária, ovinicultura e comércio.

O seu orago é Nossa Senhora das Neves, celebrada anualmente a 4 de Agosto.

O topónimo "Midões" deriva do baixo-latim "(Vílla) Midonis", "a quinta de Midão", aludindo ao nome de um antigo proprietário.

Relativamente ao povoamento do território da freguesia, diz a tradição que Midões deve ter tido origem numa antiquíssima cidade com o nome "Nabril" Sabe-se que a região foi habitada pelos romanos, tendo aparecido várias pedras lapidares, duas das quais foram aplicadas nas paredes laterais da capela de S. Sebastião.

No ano 969, Midões foi doada, com todo o seu território, ao Mosteiro de Lorvão; nesta época, destacou-se na freguesia uma personagem que é hoje lendária, D. Paz, pois ele foi a primeira individualidade autêntica em Midões, a ele se devendo o foral que tornou Midões num verdadeiro município, após o coutamento outorgado por D. Afonso Henriques.

No século XII, o senhorio da terra dividia-se pela Sé de Coimbra e pelo referido Mosteiro de Lorvão, que possuía a maior parte do território. Os bens do Mosteiro foram coutados por D. Afonso Henriques, a 20 de Março de 1133, e os da Sé, a 13 de Novembro de 1169. Possuía uma parte da freguesia, a abadessa de Lorvão, D. Marinha Gomes, que em Junho de 1257 lhe deu foral, concedendo-lhe assim alguns privilégios.

Midões deteve já alguma importância administrativa, tendo mesmo formado concelho independente, por via de Foral Novo, dado por D. Manuel, com o nome de "Midães"; porém, este concelho a ser extinto em 31 de Dezembro de 1853, pelo que Midões passou então a integrar o concelho de Tábua.

Eclesiasticamente, Midões foi uma vigairaria da apresentação da mitra de Coimbra. A actual Igreja Paroquial foi inaugurada a 15 de Agosto de 1822, substituindo uma anterior que se situava no lugar do cruzeiro. Do restante património cultural e edificado de Midões destacam-se o antigo pelourinho, símbolo da sua antiga autonomia administrativa, e alguns solares, entre eles, as casas do Ribeirinho, a dos Albuquerques e Sousa Machado.

Apesar da agricultura e a olivicultura serem as actividades de grande tradição em Midões, o certo é que a par destas, a pecuária e a ovinicultura têm também resistido, encontrando-se ainda pelos pastos da freguesia alguns rebanhos, com as ovelhas bordaleiras, características da região. Para além destas, outras actividades se têm vindo a expandir em Midões, como é o caso da indústria e do comércio que têm impulsionado o progresso e desenvolvimento económico da freguesia.