Tradições

 

Festas e Romarias: Na freguesia, realizam-se festas em honra de:

    - Casal da Senhora, Festa de N. Sra. do Campo (3 de Setembro)

    - Santo Amaro, Festa de St. Amaro (15 de Janeiro)

    - Coito, Festa de S. Sebastião (20 de Janeiro)

    - Vila do Mato, Festa de Sta. Ana (último fim de semana de Agosto)

    - Touriz, Festa de N. Sra. da Esperança (9 de Setembro)

    - Midões, Festa da Nossa Sra. Das Neves 

    - S. Miguel, Festa de S. Miguel (29 de Setembro)

 

    - Festival de Folclore de Midões (primeiro fim de semana de Agosto)

  

Feiras: Na Freguesia, efectuam-se feiras, às segundas-feiras, entre os dias 16 e 22 de cada mês; e a Feira Anual de São Miguel, a 29 de Setembro.

 

Danças e Cantares: A região da Beira Alta possui diversas danças que a caracterizam e individualizam, expressas em singulares, alegres e inigualáveis "modas de roda", repletas de ritmo, jovialidade e vivacidade, das quais se salientam "Ponteada", "Menina Ligeira", "Vira da Mocidade", "Carrasquinha", "Quem me dera ser pombinha" e "Prá frente é que brinca a gente".

Característica da região é também a cantiga de desafio, como é exemplo o "Fado Mandado" em que dois cantadores vão respondendo, alternadamente, às provocações jocosas, sempre num clima de saudável convivência.

Datados de finais do século XIX e princípios do século XX, as danças e cantares regionais eram apreciados nos bailes e festas populares, nas romarias aos locais de culto da região (Nossa Senhora das Preces e Nossa Senhora do Mont'alto, entre outros), nas desfolhadas do milho e em todos os momentos em que imperava a boa disposição e a alegria de dançar e cantar.

Actualmente, são apresentados, ao longo do ano, em festas regionais e em festivais folclóricos e etnográficos.

 

Trajes característicos: Os são diversificados e pretendem reproduzir, de forma autêntica, os usos, hábitos e costumes antigos dos antepassados. Deste modo recuperaram-se os seguintes trajes:

A queijeira munida dos utensílios próprios para fazer, artesanalmente, o queijo e o requeijão, como sendo, o ferrado para tirar o leite e o ancinho para fazer o queijo.

O pastor apresenta-se munido do seu cajado, a manta e a ferrada para tirar o leite, enquanto guardava o rebanho.

O moleiro, que transformava os cereais em farinha na ribeira ou no rio, em construções rudimentares, em moinhos ou azenhas movidas pelas forças das águas, andava pelas terras vizinhos com o seu jerico e os sarrões à procura de cereais ou na entrega de farinha.

O resineiro, com a sua roupa suja e remendada, retirava a resina dos pinheiros, espécie florestal dominante na região, com a raspadeira e trazia o latão para a guardar.

O camponês e a camponesa saíam de casa ao romper da manhã para a "amanha das fazendas", longe de casa na maior parte das vezes, tendo então a mulher de levar o almoço e a merenda na cesta e o vinho na cabaça ao marido.

O serrador serrava com a sua serra a madeira para a construção ou trazia para casa a lenha necessária para fazer frente aos invernos rigorosos.

O fato domingueiro (rico ou pobre) era usualmente utilizado para os acontecimentos festivos, como festas populares, fogueiras ou nos folguedos domingueiros.

O romeiro e a romeira deslocavam-se às festas em honra do seu santo padroeiro (Senhor das Almas, Santa Eufêmia, entre outros), para lhe pedirem auxilio, protecção para as culturas, tratar de negócios e, ao mesmo tempo, divertirem-se, dançando e cantando ao som do bandolim ou da concertina.

Jogos e brinquedos tradicionais: De acordo com as memórias dos mais velhos, recuperaram-se os jogos da malha, do fito, da cartas (Sueca), das corridas de sacos, da quebra de púcaros e do pau ensebado. Estes jogos eram praticados, usualmente, aos fins de semana e feriados.

Actualmente, para além de ser passatempo das tardes domingueiras, são ainda parte integrante de programas e de festas, sendo também aproveitados por associações recreativas para promoção de convivios.